"É só ter boa vontade para querer raciocinar: como um investidor vai comprar 31% (da A-Cap), desconectado com os 39% que sobram para fazer os 70% (das ações da SAF). Os 39% eu vendo para outro investidor, o cara comprou 31% para ser minoritário? Não faz sentido. Se chegar uma proposta para a A-Cap, eu tenho que ser consultado e eu posso empatar ou cobrir, está no contrato. Ninguém vai comprar os 31% com a possibilidade de ser minoritário, é mais uma mentira. Nenhum investidor comprou os 31% da A-Cap."

Pedrinho também deixou claro que a sua intenção é pela venda da SAF do Vasco para um novo investidor e que não colocará como exigência para um possível novo dono seguir no controle do futebol do clube. E explicou que, aliado a isso, também realiza um processo de reestruturação financeira do Cruzmaltino para manter as contas em dia.

"Ao mesmo tempo que a gente tem conversas com investidores, eu preciso fazer uma reestruturação financeira do clube, através de uma mediação, que é uma Medida Cautelar Antecedente, que ela dá uma pausa, e com isso ganhamos muito mais respiro porque, obviamente, não tem mais dinheiro do RCE, não tem penhoras, isso gerou muita gasolina até para o início da próxima temporada. Ainda tem a questão das cotas de TV, premiação do Brasileiro, e isso nos dá uma garantia de, no mínimo, mais três meses. Paralelo a isso, a expectativa que a gente tem de encontrar um novo investidor nesse período. Se isso não acontecer, eu vou ter que reestruturar o Vasco da mesma forma. Que fique mais uma vez claro: não tem nenhum empecilho para que eu seja administrador do futebol para um novo investidor, zero, isso nunca vai ser pedido, condição zero, isso não existe. Paralelo à reestruturação financeira a gente busca o investidor. O que eu não posso é fica estacionado enquanto um possível investidor não chega e eu não conseguir honrar os meus compromissos. Por isso eu tenho que criar um mecanismo para pagar as contas. As duas coisas andam juntas, agora, o tempo disso é subjetivo. É um contrato (da SAF) complexo, uma situação complexa. Vai ser feito um novo contrato, obviamente o contrato vigente está sendo observado dentro da NDA, juntamente com todos os números de dívida, de tudo o que aconteceu, para o possível investidor entender qual é o cenário, e se tiver algum interesse iniciar uma negociação. São muitas linhas que a gente tem que organizar, e isso é difícil, acho que nenhum presidente na história passou por isso, mas estamos trabalhando firme para que a gente conduza para um caminho perfeito para o clube."